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Hoteleiros rezam e coronel admite que policiamento pode melhorar no RN

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no RN, Abdon Moisés Gosson Neto, critica a segurança em pontos turísticos. Ele apontou problemas e a deficiência no patrulhamento: “Não há nenhuma viatura quando o turista chega ao corredor turístico e no aeroporto, à noite. Para os passageiros que estão entrando ou saindo do aeroporto, as chances de serem assaltados, como já ocorreu várias vezes, é grande. A gente vem na sorte, rezando a Deus. O policiamento deveria ser realizado 24 horas do dia e 365 dias do ano nessas áreas”, sugere.

Gosson disse fez um apelo ao governo federal, no início do ano, para tentar minimizar o problema. “Através do Ministério do Turismo, solicitamos a ajuda do governo federal nessa parte da segurança, que vai dos acessos nos aeroportos até às áreas turísticas, como Ponta Negra e Pipa, por exemplo. Nós apenas queremos que o nosso corredor turístico seja bem policiado para receber aqueles que chegam aqui e que saiam com uma maravilhosa impressão do nosso estado.”

Sobre a preocupação com o aumento de assaltos a turistas na alta estação, o presidente da ABIH-RN enfatizou que a segurança dos que visitam o RN é uma preocupação constante: “Nos próximos dias, nós nos reuniremos com as autoridades para explicar a nossa demanda, mais uma vez. Mas isso não deveria ser necessário. O turista não deveria ser assaltado em nenhum momento. Qual a diferença entre a turista que foi assaltada em Ponta Negra e o turista da alta estação? A solicitação da indústria aos governantes é que as áreas turísticas tenham segurança suficiente durante todo o ano.”

Vítima

Uma turista de Brasília foi assaltada em Natal na terça-feira 5. Alline Veras passeava com sua mãe e prima, quando foram atacadas. Segundo Alline, seus pertences foram tomados, assim como os das parentes. As vítimas procuraram a polícia para registrar o Boletim de Ocorrência. Mas, segundo a turista, não houve atenção ao caso, segundo informações do Blog do BG.

“Fomos na polícia e eles não fizeram nada. E, pelo que vi, os assaltos estão frequentes aqui e ninguém faz nada para evitar ou reverter, porque não é possível a impunidade que está isso aqui. Foram vários casos em dois dias. Fiquei assustada. Nem no RJ passei por algo parecido”, ressaltou.

Comandante vê falha na comunicação entre o aeroporto e forças policiais

O comandante do Policiamento Metropolitano, coronel Antônio Marinho da Silva, destacou ações executadas, com o objetivo de fortalecer a segurança diária: “No aeroporto, levantamos um posto da Polícia Militar que funciona 12 horas por dia. Nos pontos turísticos, temos a Companhia de Turismo, que apoia do Forte dos Reis Magos até Ponta Negra, devido ao pouco efetivo.” Para compensar a falta de policiais, o comandante cita o uso de viaturas para cobrir as demais áreas, como as praias de Pirangi, Muriú e Búzios.

“Quando um crime acontece uma vez, a culpa é nossa [Polícia Militar], porque deixamos de prevenir. Mas quando o crime acontece duas, três vezes, então houve uma falha na investigação, na justiça. Há deliquentes que cometem crimes várias vezes e já prendemos muitos assim. Se você ligar para o 190, vai saber que existe uma viatura rodando a madrugada toda nos pontos turísticos”, disse Marinho.

Sobre a comunicação entre aeroporto e forças policiais, Marinho relatou dificuldade: “Existe uma falha na comunicação. Não é sempre que há viaturas à disposição de todos que chegam aos aeroportos. Mas se houver uma demanda de um voo especifico com turistas, ficaremos na área, nos principais pontos, para garantir a segurança. Raramente, acontecem assaltos na área do aeroporto”.

Coronel Marinho também reconhece que os esforços da segurança nos pontos turísticos podem melhorar: “Ainda não é o ideal. Nós temos um enorme potencial turístico, que pode ser melhor com a segurança pública. Com a segurança, os turistas irão voltar mais vezes. Sempre cobro o nosso pessoal para que garanta o bem estar dos turistas.”

Fonte: Agora RN