Com uma infraestrutura hoteleira robusta, atrativos naturais e um polo gastronômico diversificado, Pipa, localizada no município de Tibau do Sul, distante 85 quilômetros de Natal, se consolida como um dos principais polos turísticos do Rio Grande do Norte, com aproximadamente 7,5 mil leitos, atrás apenas da capital Natal. A localidade, que alia simplicidade e sofisticação, atrai visitantes nacionais e internacionais, oferecendo experiências diversificadas para todos os perfis.
A região é conhecida por oferecer opções que vão de pousadas simples a hotéis boutiques de altíssimo padrão. Além disso, a região conta com uma infraestrutura rica em serviços e lazer. “Não existe segregação social em Pipa. Ela atende desde o segmento popular até o de alto luxo. É um destino inclusivo, que recebe todos os perfis de visitantes”, pontua Edmar Gadelha, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do RN (ABIH).
Entre os principais atrativos de Pipa estão as águas mornas e cristalinas, as falésias do Chapadão, a Baía dos Golfinhos e a vasta reserva de Mata Atlântica, onde turistas podem fazer trilhas, arvorismo e corridas de aventura. O turismo esportivo também tem ganhado espaço, com eventos de surfe, kitesurfe, ciclismo e meias-maratonas ao longo do ano.
Outro destaque do destino é seu comprometimento com a sustentabilidade. O movimento “Preserve Pipa”, liderado por hotéis e pousadas, adota práticas que vão desde o reuso de água e a utilização de energia renovável até a gestão adequada de resíduos sólidos. “Por conta dessas iniciativas, Pipa já recebeu, pela quarta vez, o selo internacional ‘Green Destination’, que reconhece o compromisso ambiental do destino”, afirma Gadelha.
Embora consolidada, Pipa ainda enfrenta desafios relacionados à infraestrutura, que tem recebido melhorias recentes. A estrada que conecta a BR-101 ao balneário está em processo de recuperação, o que deve facilitar o acesso ao destino. Além disso, a requalificação urbana do município de Tibau do Sul incluiu pavimentação de ruas e melhorias no saneamento básico.
Apesar de consolidada, a infraestrutura de Pipa ainda requer avanços. “Atualmente, nós estamos na execução da obra de recuperação da estrada principal que liga a cidade de Goianinha, a BR-101, à Praia de Pipa, que certamente facilitará bastante o acesso ao turista, com mais conforto, com mais segurança”, explica o presidente da ABIH. Ele também destaca requalificações urbanas recentes em Tibau do Sul, incluindo pavimentação com intertravados e melhorias no saneamento.
Gadelha aponta que há outras demandas importantes. “A Avenida Baía dos Golfinhos precisa passar por uma requalificação extremamente cuidadosa, tendo como exemplo a pavimentação por intertravado, a elevação do nível da rua para se transformar em uma rua pedonal, a regulamentação do trânsito de veículos e de estacionamentos públicos, a questão da sinalização horizontal e vertical para evitar a poluição visual”.
Segundo ele, as soluções estruturantes poderiam incluir instalações modernas. “Poderia já trazer toda a parte de instalações elétricas e hidráulicas completamente envelopadas, ou seja, subterrâneas, lixeiras subterrâneas. Então, tem uma série de coisas que podem trazer uma melhoria e trazer mais qualidade para aqueles turistas que ali chegam”, complementa.
O impacto do turismo no Rio Grande do Norte é significativo, e Pipa desempenha papel central nesse cenário. Segundo Edmar Gadelha, “Essa indústria do turismo tem uma fundamental importância e um aspecto de responsabilidade social muito grande. Isso porque nós detemos 30% de todos os empregos formais, são mais de 120 mil empregos diretos e mais de 300 mil empregos indiretos”.
Para fortalecer ainda mais o setor, Gadelha explica que a ABIH trabalha em parceria com entidades como Sebrae, Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-RN) e o Governo do Rio Grande do Norte, promovendo a participação em feiras nacionais e internacionais, workshops e blitz turísticas.
Ele destaca que a associação também promove treinamentos para capacitar operadores e agentes de turismo, além de dialogar com companhias aéreas para ampliar as oportunidades de fomento ao turismo. “A nossa bandeira tem que ser o turismo e o objetivo principal a divulgação do destino. É importante frisar que esse ecossistema do turismo alimenta uma cadeia de 54 atividades econômicas”, reforça.
Fonte: Tribuna do Norte
