O reflexo da chegada das empresas de baixo custo ao Brasil já gera resultados para o turismo no país. De acordo com o KAYAK, ferramenta de planejamento de viagens, houve queda de até 23% nos preços médios de passagens nas rotas que também passaram a ser operadas pelas low costs. Foram pesquisados voos da chilena Sky Airline e da norueguesa Norwegian Air nas rotas Rio de Janeiro – Londres (Inglaterra), São Paulo – Santiago (Chile) e Rio de Janeiro – Santiago.
O levantamento do KAYAK aponta que o preço médio da passagem entre Rio de Janeiro e Londres passou de R$5.990 para R$ 4.611 após a chegada da Norwegian Air, uma redução de 23%. Já o trecho entre os aeroportos do Rio de Janeiro e de Santiago registrou queda de 17%, com o preço médio passando de R$ 1.772 para R$ 1.454 após a chegada da low cost Sky Airline. Já na rota São Paulo – Santiago os preços passaram de R$ 2.245 para R$ 1.859 (redução de 17%).
O Brasil já tem quatro empresas aéreas de baixo custo autorizadas a operar voos regulares internacionais no país. A primeira delas, em novembro de 2018, foi a chilena Sky Airline. Logo depois, o país passou a contar com a europeia Norwegian Air, que teve autorização concedida pela Anac em agosto de 2018. Depois vieram Flybondi e Jetsmart.
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, destaca que a operação de novas empresas aéreas reforça o aumento da competitividade e desenvolve a conectividade aérea. “O estímulo à competitividade é uma das medidas para estimular a queda no preço das passagens. Países vizinhos, como Argentina, Colômbia e Chile, com cerca de um quarto da população do Brasil, têm mais que o dobro de empresas voando nos destinos domésticos. Estamos no caminho certo”, disse o ministro.
Para Eduardo Fleury, líder de Operações do KAYAK no Brasil, é importante que o viajante saiba que está pagando mais barato por um produto mais simples. Caso opte por contar com todos os serviços de bordo, o valor sobe. “Os preços podem ter diminuído tanto pela oferta de passagens baratas das low costs como por uma revisão de estratégia de companhias tradicionais, que podem estar baixando seus preços de base e oferecendo voos com menos serviços para continuarem competitivas”, analisou.
Fonte: Ministério do Turismo