A movimentação econômica para o Carnaval tem deixado o setor do turismo bem otimista. De acordo com estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em 2020, a festa deve injetar R$ 8 bilhões na economia do país, um aumento de R$ 80 milhões em relação ao ano passado. O valor é o maior desde 2015, quando foram registrados R$ 9,07 bilhões durante a festa do Momo. Destaque para os bares e restaurantes (R$ 4,8 bilhões) e empresas de transporte de passageiros rodoviário, aéreo e de locação de veículos rodoviários (R$ 1,3 bilhão).
Entre os estados, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia devem movimentar a maior parte do montante, sendo R$ 2,32 bilhões para o estado fluminense, R$ 1,95 bilhão no paulista e R$ 1,13 bilhão na terra do axé. Outros locais, como Minas Gerais (R$ 748,9 milhões) e Pernambuco (R$ 457,8 milhões), devem atingir cifras milionárias.
A CNC ainda trouxe a expectativa na geração de empregos no país. São esperadas a contratação de 25,4 mil trabalhadores temporários entre janeiro e fevereiro deste ano – 2,8% a mais do que no carnaval de 2019 (24,7 mil). O setor de alimentação segue despontando, com aproximadamente 18,2 mil vagas oferecidas, gerando sete em cada 10 oportunidades de emprego. O total de vagas ofertadas, também, pode ser o maior dos últimos anos, só perdendo para 2014, ano da realização da Copa do Mundo no país.
Para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, os números são reflexo do trabalho realizado pelo governo federal no desenvolvimento do Brasil. “Esse resultado só comprova que o país está no caminho certo da recuperação econômica, e o turismo tem papel importante nisso. Vamos continuar trabalhando para elevar o Brasil ao merecido patamar, com geração de emprego e renda para a população”, celebrou.
De acordo com Fábio Bentes, economista da CNC e responsável pelo estudo, a recuperação econômica do país e a baixa inflação foram fatores positivos para o dado. “Nos meses que antecedem o carnaval, a taxa de câmbio teve uma desvalorização de 10% ante o mesmo período de 2019, estimulando, portanto, gastos com turismo no território nacional, em 2020”, comentou.